quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O diabo e a Bíblia - Deldebbio

pode ficar tranqüilo que o diabo da maneira que as Igrejas colocam simplesmente não existe. Ele é uma invenção para forçar as pessoas a ficarem com medo de “sair” da igreja e pararem de obedecer aos pastores e padres. É como o bicho-papão para assustar criancinhas…
E também é um erro confundir “cristão” com “católico/evangélico” (embora eles adorem tomar para si o monopólio desta palavra). Jesus disse “Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei lá”, ou seja, ninguém precisa da Igreja e de seus “atravessadores espirituais” para seguir a seu Deus ou acreditar no ser Crístico, muito menos dar dinheiro para elas.
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O que chamamos de “Bíblia” é, na verdade, uma coleção de inúmeros textos iniciáticos, históricos, narrativos e astrológicos reunidos pelo critério chamado “Interesses da Igreja Católica”. Ela inclui o Tanak judaico, que por sua vez consiste de três partes: os Ensinamentos (compostos do Pentateuco ou Torah que, como já falamos, trata-se de textos iniciáticos relacionados com a Kabbalah – Gênesis, Exodus, Leviticus, Numerus e Deuteronômio), as Profecias (que vai da chegada dos judeus à Terra Prometida até os Profetas – de Joshua até os 12 profetas) e as Escrituras (Salmos, provérbios, o livro de Jó até Crônicas). O Livro dos Salmos é praticamente um Livro de Magias… cada Salmo é parte de um ritual diferente de Magia Teúrgica, com um poder mântrico ENORME, além de invocações de anjos, proteções, ataques e defesas astrais e afins. Por isso, antes de se achar o revoltadinho e xingar a bíblia, pense duas vezes… TODO ocultista sério que se preze precisa obrigatoriamente conhecer muito bem a bíblia, porque ela traz um monte de coisas legais escondidas. Ela ensina até mesmo a montar o seu próprio deck de tarot !

Já o Novo Testamento é uma salada de frutas criada ao longo de 500 anos de “ajustes” da Igreja. Ele inclui trechos sérios, trechos inventados, trechos truncados, trechos apagados, trechos mexidos… existem até referências a capítulos de livros que NÃO EXISTEM.

Graças a isso, existem mais de DOIS MIL… isso mesmo crianças… DOIS MIL erros históricos, contradições, erros científicos, profecias que não se realizaram, absurdos e injustiças na Bíblia. Pode conferir todos eles AQUI.

Tudo isso porque a Igreja Católica dos séculos III até VIII tentou “consertar” e “encaixar” textos que foram feitos por pessoas diferentes em tempos diferentes falando sobre coisas diferentes para formar uma única história que parecesse coerente.

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Se o poder da produção do homem moderno é mil vezes superior ao do homem das cavernas, por que, pois, existem atualmente milhões de pessoas que não tem alimentação e teto conveniente? - Jack London

"Depois de ter feito um resumo da situação econômica dos homens das cavernas e dos povos selvagens de nossos dias, que não tinham nem ferramentas, nem máquinas e possuíam apenas seus meios naturais para produzir a unidade da força individual, traçou o desenvolvimento dos instrumentos de trabalho e da organização até o ponto atual onde o poder produtor do indivíduo civilizado é mil vezes maior que aquele do selvagem.
"Cinco homens são suficientes presentemente para produzir pão que alimente a um milhar de seus semelhantes. Um só homem pode produzir tecidos e calçados para mil. Fica-se com a tentação de concluir que numa boa administração da sociedade a vida do civilizado moderno deveria ser muito mais confortável que a do homem pré-histórico. É assim? Examinemos a questão. Existem hoje milhões de homens vivendo na pobreza: e por pobreza entendo a condição de subalimentação e de falta de abrigo conveniente, não podendo ser mantido o nível da capacidade de trabalho. Hoje, a despeito de toda nossa pretensa legislação trabalhista existem milhões de crianças empregadas como trabalhadores.
Se o poder da produção do homem moderno é mil vezes superior ao do homem das cavernas, por que, pois, existem atualmente milhões de pessoas que não tem alimentação e teto conveniente e milhões de crianças que trabalham? É uma acusação séria. A classe capitalista é culpada da má administração. Em presença desse fato, desse duplo fato, que o homem moderno vive mais miseravelmente que seu antepassado selvagem quando seu poder produtor é mil vezes maior, nenhuma outra conclusão é possível senão a de que a classe capitalista governou mal, e que sua má gestão é um crime imputado ao egoísmo dos senhores".
(editado)

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Isaac Newton...

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"Quando, há 300 anos, Newton (Isaac Newton, físico e matemático inglês do século XVII) explicou que o movimento dos planetas podia ser compreendido por meio de leis físicas bem simples que não requeriam a intromissão dos anjos, tudo mudou".

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Natureza opressora.

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Belíssimas fotos de uma vida extremamente solitária

A russa Evgenia Arbugaeva é uma jovem fotógrafa nascida em Tiksi, uma cidade no coração do Oceano Ártico. Com toda a magia dessa terra misteriosa e fria em seu coração, ela fez um registro tocante da vida extremamente solitária de Vyacheslav Korotki.

Korotkié um polyarnik treinado, um especialista no norte polar e um meteorologista. Nos últimos trinta anos, ele viveu em navios russos e, mais recentemente, em Khodovarikha, um posto avançado do Ártico, onde foi enviado pelo Estado russo para medir as temperaturas, a queda de neve e a velocidade e intensidade dos ventos.

O posto avançado encontra-se em uma ponta de uma península que se projeta para o mar de Barents. A cidade mais próxima, por qualquer definição, fica a uma hora de distância de helicóptero.

Ele tem uma esposa, mas ela mora longe, em Arkhangelsk. Eles não têm filhos. Em suas raras visitas para Arkhangelsk, ele tem dificuldade para lidar com o tráfego e o ruído – e Arkhangelsk não é Hong Kong.

Korotki tem 63 anos. Quando começou sua carreira, era um entusiasta, apaixonado pelos espaços abertos e pelas condições do Ártico. Ele vê as notícias na TV, mas não acredita totalmente nelas.

Evgenia passou duas estadias prolongadas com Korotki. “O mundo das cidades é estranho para ele – ele não o aceita”, conta a jovem. “Eu vim com a ideia de um eremita solitário, que fugiu do mundo por causa de algum drama pesado, mas isso não é verdade. Ele não se sente nem um pouco só”, garante.

De acordo com a fotógrafa, a relação de Korotki com o meio em que vive é única. “Ele meio que desaparece na tundra, nas tempestades de neve. Ele não tem um senso próprio como a maioria das pessoas tem. É como se ele fosse o vento, ou o próprio tempo”.
Como era de se esperar, as imagens são maravilhosas. [New Yorker, World Press Photo]

"Rituais amorosos" de 5 culturas diferentes

5. No Camboja, pais constroem cabanas especificamente para suas filhas fazerem sexo casual
Quando uma jovem atinge a maioridade na tribo Kreung, do Camboja, é tradição que seus pais construam uma pequena cabana para ela longe da casa principal – mais ou menos como fazer um puxadinho no terreno da casa dos seus pais. Exceto que as chamadas “cabanas de amor” deste povo servem a um propósito um pouco diferente: para que as meninas adolescentes possam ter todo o sexo que elas quiserem, sem que seus pais tenham que ouvi-las (e vice-versa, convenhamos).

Na cultura Kreung, as meninas são incentivadas a dormir com o maior número de meninos possível a fim de encontrar um marido. É basicamente ficar com quantos caras elas quiserem, só que sem o estigma associado ao sexo antes do casamento e totalmente confinado dentro das palafitas do sexo. Se uma garota está interessada em um rapaz, ela o convida a dar uma passada no seu clube privado para uma noite íntima que pode ou não resultar em sexo, dependendo do quão bem as coisas estiverem indo. Independentemente do resultado, o menino tem que estar fora dali antes do amanhecer, porque jovens de sexos opostos não estão autorizados a ser vistos juntos em público, a menos que sejam oficialmente um casal.

As meninas estão no controle completo do processo, com meninos decepcionados deixando obedientemente as cabanas do amor se as meninas decidem que não estão no clima. Há pouca evidência de violência doméstica e relatos de estupro são inexistentes. Se uma menina acaba ficando grávida de um menino e decide não se casar, o rapaz com quem ela se casar irá criar a criança como sua, sem reclamar.

E ainda que uma quantidade razoável de sexo esteja certamente acontecendo nas cabanas do amor, este não é, de forma alguma, o seu único propósito. Elas existem para fornecer às meninas uma maneira segura e controlada de encontrar um legítimo parceiro para a vida, contando com a confiança de seus pais para que tomem as decisões que irão ajudá-las a encontrar um relacionamento amoroso. E parece que funciona, já que o divórcio é quase inexistente nesta cultura.

4. Na Mauritânia, mulheres prontas para o casamento precisam engordar
Nós tendemos a esquecer que os padrões de beleza não são universais. Por exemplo, na cultura ocidental, os filmes e a televisão tendem a apresentar mulheres belas como pessoas que são tão magras que podem desaparecer pela grade de um bueiro caso não prestem atenção por onde andam. No entanto, se você é uma menina cresceu na Mauritânia, na África Ocidental, é preciso ser boa de garfo para atrair um marido.

Nas áreas rurais da Mauritânia, a crença geralmente aceita é que quanto mais gorda uma mulher é, melhor esposa ela será. Ser gordo é visto como um símbolo de status e riqueza, e acredita-se que, se um marido tem uma esposa robusta, é porque cuida bem dela. Em suma, em uma realidade tão opressiva quanto a da cultura da magreza, ali o tamanho das mulheres também é moeda de troca.
Para chegar a este objetivo, da mesma forma que por aqui há quem passe temporadas em SPAs para emagrecer, em algumas áreas da Mauritânia ainda existem “fazendas de engorda”, nas quais as mulheres mais velhas da comunidade basicamente aprisionam as jovens e as forçam a consumir litros de leite e cuscuz até que se enquadrem naquele padrão. Em alguns casos extremos, as meninas são punidas com uma surra caso não consigam terminar as refeições.

O governo recentemente começou a tentar erradicar a prática enviando profissionais da saúde à região para alertar sobre os perigos da obesidade, e até mesmo espalhou novas canções populares sobre mulheres belas e magras, para substituir as tradicionais canções populares sobre princesas que quebram balanças. E, aparentemente, o objetivo não é destruir a ideia de que mulheres mais pesadas sejam desejáveis; em vez disso, a mensagem é que sequestrar e forçar alguém a comer até que seu manequim aumente consideravelmente é algo perigosamente irresponsável e deveria ser ilegal.
Naturalmente, o método mais eficaz para mudar a mentalidade cultural e combater a prática das “fazendas de engorda” tem sido o afluxo de novelas ocidentais, que são cheias de atrizes magérrimas envoltas em roupas glamourosas – o que não parece ser lá uma grande ideia, já que o nosso lado do espectro também não é dos melhores.

3. Em Bornéu, recém-casados não podem usar o banheiro por três dias
Em muitas culturas, o caminho que leva até o casamento é o momento mais estressante para um casal de noivos. Após a tediosa cerimônia e todo o bolo ter sido comido pelos primos de 3 anos de idade que eles nunca conheceram, é hora de relaxar, tirar os sapatos alugados, guardar o vestido em uma caixa e se envolver em algumas colisões pélvicas para criar uma criança. No entanto, para o povo Tidong, de Bornéu, o casamento é a parte fácil. Depois que você está preso para o resto da vida, é melhor você ter uma bexiga do tamanho de barril de vinho, porque nem você nem seu cônjuge têm permissão para visitar um banheiro pelos próximos três dias.

Por alguma razão, os Tidong chegaram à conclusão de que desocupar suas entranhas durante os três primeiros dias de vida conjunta pode levar a um casamento falido, infertilidade ou até mesmo a morte prematura de seus filhos. O hábito também seria uma oportunidade para o novo casal se conectar – porque parece que nada cria fortes laços melhor do que uma estadia prolongada na mesma sala com alguém que precisa fazer um número dois tão desesperadamente quanto você.

Para certificar-se de que o casal feliz não irá trair a sua responsabilidade, os membros da família e outras pessoas da comunidade têm a tarefa de mantê-los presos em sua casa e os servir apenas com uma quantidade mínima de comida e bebida. Sabe, para que o sofrimento de realmente precisar ir ao banheiro possa ser ofuscado pela dor da fome.

Depois do fim desta tortura pela bexiga, o casal finalmente é liberado para tomar um banho e fazer a passagem pelo banheiro mais gratificante de toda a sua vida. Talvez depois de alguns meses você consiga esquecer esta situação totalmente embaraçosa por tempo suficiente para suportar estar na mesma sala que seu cônjuge de novo.

2. No Butão, homens invadem as casas das mulheres para esgueirar-se em suas camas
Jovens no Butão se envolvem em um ritual conhecido como “caçada noturna”, que é um eufemismo encantador para “rondar bairros aleatórios até encontrar uma casa que contém uma mulher solteira, invadir a dita casa, entrar em seu quarto e tentar convencê-la a ir para a cama com eles”. Essa atividade também é conhecida em muitas sociedades como “algo que pode ter fazer ir para a prisão, levar um tiro ou ambos”.

A caçada noturna começou como uma tradição rural na parte oriental do país, mas revelou-se popular e rapidamente se espalhou por toda a nação – como o que frequentemente acontece com várias péssimas ideias. Muitas vezes, tais atos são realizados em um esforço colaborativo – grupos de homens se reúnem tarde da noite e vagam pelas ruas até encontrar a casa de uma amante em potencial.

É claro que, embora a prática seja um método aceitável de paquera entre os adolescentes, há outros que acham a atitude menos romântica: os pais das meninas. Por isso, esses Romeus envolvidos em invasão de domicílio muitas vezes precisam enfrentar portões trancados, janelas gradeadas e cães de guarda, os quais provavelmente não conseguem detê-los.

Acredite ou não, nós ainda não chegamos à parte mais louca: se durante uma caçada noturna particularmente inspirada, um homem é pego tentando entrar numa casa, ele tem que se casar com a garota que ele pretendia visitar. No caso, o equivalente amoroso de flagrar alguém roubando um pedaço de torta e punir a pessoa forçando-a a comer a coisa toda.

A gravidez, como em tantos outros lugares, é tratada como uma punição. Um butanês, entrevistado sobre a caçada noturna, conta: “Sim, houve casos de alguns que engravidaram as mulheres, caso em que eles tinham que pagar uma multa para a família, como arar um campo ou concordar em se casar”. 
É isso mesmo – a pena por invadir a casa de alguém e engravidar sua filha pode variar de um casamento forçado a dar um jeito no quintal.

1. Na Índia, pessoas se casam com árvores para prevenir infortúnio cósmico
Aishwarya Rai

Se você mora na Índia e encontra aquela pessoa perfeita que faz o seu coração flutuar, é melhor torcer para que Marte não tenha alguma coisa contra esse relacionamento. A astrologia é importante para os hindus da Índia e se você ou seu parceiro nascem sob a influência de Marte, há uma boa chance de que seu casamento vá acabar em desarmonia, fracasso e morte. Nenhum desses resultados são mutuamente exclusivos.

Há uma estratégia para aqueles que são considerados influenciados por Marte (ou manglik) se livrarem de tanta má sorte. Antes de juntar as escovas de dente com seu parceiro, você deve se casar com uma árvore.

E não ache que é modo de dizer – estamos falando de uma árvore real, mais precisamente uma bananeira e, bem, não estamos aqui para questionar os detalhes específicos dessa receita para se livrar da fúria do Planeta Vermelho. Alternativamente, você pode se casar com uma estátua do deus Vishnu, contanto que ela seja feita de prata ou ouro, mas bananeiras são presumivelmente mais fáceis de conseguir. Ainda não nos abandone, temos uma explicação surpreendentemente razoável para isso.

O raciocínio por trás destas núpcias vegetais é que se um manglik se casar primeiro com um determinado objeto inanimado (como uma estátua de ouro ou uma bananeira), a ira de Marte cairá sobre esse objeto, ao invés do infeliz cônjuge desavisado. Essa ira interplanetária é aparentemente limitada ao primeiro casamento e as núpcias subsequentes devem estar livres da maldição.

Isso pode soar apenas como superstição, mas é uma tradição tão comum que a atriz de Bollywood e ex-Miss Mundo Aishwarya Rai, que atuou em “A Pantera Cor-de-rosa 2″ e no aclamado “Noiva e Preconceito”, casou-se com uma árvore antes de seu casamento humano, depois de ter descoberto que era uma manglik. Desde então, tem sido atacada por tomar parte em um costume que está irrevogavelmente ligado à prática indiana ilegal de discriminação de castas e a única vantagem é que ela pode assumir que Marte não vai matar seu marido.

A sociedade quer predefinir o que é certo. - Roberto Shinyashiki

Resposta dada pelo médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, à revista "Isto É", quando o entrevistador Camilo Vannuchi perguntou-lhe:
- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki responde:
- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro as Loucuras da Sociedade.
A primeira é:
- Instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é:
-Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é:
-Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
-Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora quero aproveitá-la e ser feliz".
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
‘Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional’.

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Crianças de 9 religiões diferentes e seu jeito de encarar Deus...

Qual é a relação, digamos, amistosa entre Deus e o diabo? - INRI Cristo

como disse um amigo... "o louco sensato" kk
Qual é a relação, digamos, amistosa entre Deus e o diabo? Pergunto isso porque um dos mandamentos de Deus é amarmos nossos inimigos. A pergunta é: Deus ama seu arqui-inimigo, Satanás? Qual é o sentimento dele em relação ao demônio? Sobre o sentimento de DEUS, e não o nosso, que necessariamente não devemos amar o diabo, claro. 

INRI CRISTO: “O Supremo Criador do Universo, meu PAI, único Ser incriado, único eterno, único Ser digno de adoração e veneração, não tem relação amistosa com o diabo ou com qualquer outra criatura no contexto da criação; Ele está num plano superior. O diabo, que também chamais demônio, é criatura divina; DEUS propiciou sua existência com a função específica de levar os seres humanos ao caminho da purgação e consequente evolução. Das culminâncias de Sua insofismável onipresença, o SENHOR simplesmente vê o conjunto da criação funcionar. Ele não tem um sentimento específico em relação ao demônio. Há quem possa pensar que DEUS odeia o demônio. O SENHOR é inefável, indescritível, mas se fosse para atribuir-lhe um sentimento, seria o de gozo, de regozijo com toda criatura, e no meio de toda criatura está o demônio com essa função que acabei de mencionar. Em tudo existe o polo positivo e o negativo, que não são meramente opostos e sim complementares. Um não funciona sem o outro. Já imaginaste uma lâmpada só com o polo positivo? Ela não irá funcionar, pois são necessários os dois polos. O demônio só é mau se tu permites que ele seja mau ao fazeres mau uso do livre-arbítrio; ao contrário ele não é mau, e sim faz parte do todo, do corpo energético que é DEUS. Tu podes usar uma faca para descascar uma laranja como também para suicidar-se ou matar; tudo é uma questão de como irás fazer uso do livre-arbítrio. Na verdade, só quem está subjugado ao demônio odeia o demônio. Quando evoluirdes e obtiverdes o dom da compreensão, seguireis o exemplo de vosso Mestre, pois na luz de meu PAI, SENHOR e DEUS, que é em mim, amo todas as criaturas que se movem sobre a Terra”.

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Pato Donald no País da Matemágica 1959 - Dublado

Keane - Somewhere Only We Know (Acoustic from Best of Keane) 2013?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Fábula Medieval – Fidelidade e Interesses

Era uma vez um jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para carregá-lo na jornada.

”Cuida do mais importante e cumprirás a missão!”</em> Disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou o seu alforje. Escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada na cintura, por baixo das vestes.

Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Dessa forma, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe tirava a sela nem a carga, tampouco se preocupava em lhe dar de beber ou comer.

Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal, disse alguém. Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!

Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os maus tratos e caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Mas como naquela região havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras, em poucas horas o moço se deu conta da falta que lhe fazia o animal.

Estava exausto e sedento. Já tinha deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: “cuida do mais importante!” Seu passo se tornou curto e lento e as paradas, freqüentes e longas.

Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada onde ficou desacordado por longo tempo. No entanto, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele.

Quando o jovem recobrou os sentidos, estava de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e sem remorso jogou toda a culpa do insucesso no cavalo “fraco e doente” que recebera.

Porém, majestade, conforme me recomendaste, “cuida do mais importante”, aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.

Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: “Ao meu irmão, rei da terra do norte! O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.

Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem é fiel e sabe reconhecer quem o auxilia na jornada.

Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem”.

Pense nisso!

Saber reconhecer aqueles que verdadeiramente nos auxiliam no dia-a-dia é, sem dúvida, um grande desafio para muitos de nós.

Ser fiel aos amigos sinceros que caminham conosco e até dividem o peso da nossa cruz, para nos aliviar os ombros a fim de que recobremos as forças.

Agindo assim, estaremos realmente cuidando do mais importante, que são esses diamantes raros que não têm preço e que ladrão nenhum tem interesse em nos roubar.

Os Níveis do Ser Humano

Há alguns anos, um buscador aproximou-se de um Mestre da Arte Real (um verdadeiro Místico) e perguntou-lhe:

- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.

- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.

- Mas, Mestre, que níveis são esses?

- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação.

Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.

Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do consulente e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do Espaço e do Tempo.

O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:

- Dê-lhe um tapa no rosto.

- Mas por quê? Ele não me fez nada…

- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!

E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou.
Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o consulente foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o consulente já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.

Quando o homem se aproximou, o consulente pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o consulente, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o consulente e assim falou:

- O que é isso, moço?… Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra!
Estou falando sério!

- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.

- E querem ver como reajo?

- Sim. Exatamente isso…

- Já reparou que não tem sentido?

- Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…

- Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?

- Queremos verificar – interferiu o Mestre – as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?

- De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: – Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?

- Enfim – perguntou o buscador – como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?

- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!

Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:

- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.

E a cena repetiu-se.

O caminhante olhou para o buscador e perguntou:

- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?

- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.

- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?

- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?

- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?

- E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? – perguntou o Mestre – Como reagiria a isso?

- Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?

Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre assim comentou:

- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.

- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?

- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?

- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?

- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…

- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:

- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá da vida. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.

- Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?

- Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.

- Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: – Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime…

Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o Mestre falou:

- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.

- Bata nele! – ordenou o Mestre.

- Não posso, Mestre, não posso…

- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!

- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!

- Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.

- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…

- Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.

- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?

- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! – volveu o Homem com suavidade e convicção – Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?

- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…

- A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: – Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.

- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?

- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

- Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.

- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra. O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O Autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu?

Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas”  que está usando ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso. Entendeste, filho meu?

O Papel de Salvador - Hugo Lapa

É muito comum de se encontrar, nos dias de hoje, pessoas que sofrem do terrível vício do papel de “salvadoras”. Muitas vezes, o papel de salvador bloqueia nossa vida de tal maneira que o resultado acaba sendo a depressão. Salvador é todo aquele que quer ajudar os outros em excesso. É aquele que se oferece ou se doa demasiadamente a outros, e a partir desse comportamento surge uma série de problemas. Vamos entender melhor neste artigo no que consiste o papel de salvador e o que cada pessoa pode fazer para se libertar dessa tendência. Explicaremos tudo em tópicos curtos para que as ideias se tornem mais acessíveis e objetivas.

Em primeiro lugar, o “salvador” é todo aquele que vive mais a vida dos outros do que a sua própria vida. Ele se preocupa mais com o que acontece com outras pessoas do que consigo próprio. Ele pensa muito na vida dos filhos, na vida dos pais, na vida dos irmãos, na vida dos familiares e na vida alheia do que em suas próprias questões. Não apenas pensa mais na vida de outrem, como busca agir de forma a auxiliar, instruir, beneficiar ou amparar os outros em muitas situações diferentes. Com esse comportamento, o salvador passa a ser apenas um espectador da própria vida, fica apenas assistindo sua existência passar diante dos seus olhos, e não mais participa dos principais eventos, posto que passou a viver apenas pelos outros.

A maternidade sempre foi um terreno fértil para a expressão do papel de salvador. É muito comum ver mães reclamando dos filhos, alegando que se sacrificaram por eles, e que depois os filhos não reconheceram os esforços feitos. Quantas mães passam a viver apenas para ajudar seus filhos? Quantas mães procuram sempre evitar a todo custo que seu filho se prejudique pelos seus próprios atos? Quantas mães visam superproteger os filhos e coloca-los numa redoma de vidro? Quantas mães buscam fazer pelos filhos aquilo que cabem apenas a eles próprios? Esse comportamento atrasa a vida de ambos, bloqueia o desenvolvimento do filho e torna a mãe insatisfeita com a sua vida.

Aqui podemos adiantar que os salvadores sempre esperam por um reconhecimento que não pode nunca preencher a lacuna que eles mesmos deixaram em suas vidas. Esse vazio foi criado pela perda das melhores partes de nossas vidas que se esvaíram enquanto estávamos mais preocupados em viver a vida dos outros. É certo que, quem vive a vida do outro acaba perdendo a sua própria vida, e a consequência dessa escolha não poderia ser outra senão a frustração e um sentimento de perda de si mesmo. O salvador não vive com os outros, ele vive em função dos outros. Toda a sua vida se encaminha, se organiza e se programa para a resolução dos conflitos alheios.

O salvador sempre presta essa ajuda de forma bastante exagerada, e muitas vezes é uma assistência não solicitada. Todos deveriam ter consciência de que só é possível amparar uma pessoa quando esta reconhece que tem um problema e quando pede nossa ajuda. Quando alguém não sabe que tem um problema, ou mesmo não quer melhorar, de nada adianta insistirmos no auxílio a essa pessoa. Só é possível resolver algo quando há a percepção de um problema. Se a pessoa não reconhece o que tem como um problema, talvez a melhor saída seja permitir que ele sinta na pele as consequências de seus atos. Por outro lado, ninguém pode ajudar eficazmente uma pessoa quando esta se nega a fazer algo por si mesma. O salvador é “especialista” em se meter na vida dos outros e encontrar brechas para impor sua visão das coisas. Como o salvador perdeu o controle de sua própria vida, ele deseja conquistar o controle da vida dos outros.

Outra característica do salvador é suas constantes tentativas de resolver a vida de alguém de tal forma que a pessoa não precise fazer nada ou quase nada para se melhorar. O salvador cultiva a crença de que é possível uma pessoa solucionar os problemas da outra, mas obviamente essa ideia é totalmente falsa. Ninguém pode fazer pelo outro aquilo que só cabe a ele fazer. E aqui entra outra característica do salvador: o desejo de que outras pessoas fiquem dependentes dele. Muitas vezes a ajuda prestada pelo salvador visa preparar o terreno para que seja criada uma relação de dependência entre salvador e a pessoa “salva”. A atitude de salvador acaba sendo, para algumas pessoas, uma forma de se conquistar poder, ou de instituir uma relação de ordem e mando. “Eu te ajudo, mas você deve fazer o que eu quero”.

Um dos artifícios muito utilizados pelo salvador é o jogo da culpa. Em alguns casos, o salvador fica ressaltando ao outro “o quanto o ajudou”; “o quanto ele melhorou”; “o quanto ele se sacrificou por ele”; “o quanto ele precisa dele”; e obviamente “o quanto ele lhe deve por isso”. O salvador deseja atenção, afeto, carinho, além de outros ganhos psicológicos. Muitas vezes o salvador pode alegar que “não quer nada em troca”, mas isso pode ser mais um artifício, até mesmo inconsciente, para ser reconhecido pelos outros pelo seu desprendimento, e assim, quando o salvador precisar, alguém também possa vir em seu auxílio e também se “sacrifique” por ele. Fica claro que o salvador faz para o outro sempre esperando algo em troca. Ele fica sempre na expectativa de algo que as pessoas nunca vão lhe dar, o reconhecimento de sua bondade. Essa sensação de ser taxado como uma pessoa “boa” alimenta seu ego, e ao menos por alguns instantes ele se sente alguém importante, que fez a diferença na vida de outros. O sentimento de autoimportância pode ser uma forma de compensar uma vida bastante desinteressante, sem graça e cheia de decepções. O salvador pode não se sentir relevante ou interessante, e por isso ele necessita que os outros digam que ele foi importante na vida deles para que, somente assim, ele possa sentir seu valor.

Um fato que precisa ser exposto aqui é uma faceta preponderante da dinâmica psicológica de algumas pessoas que vestem a capa do salvador. É certo que, muitas vezes, uma pessoa que apresenta uma bondade um pouco exagerada pode conter dentro de si ao menos alguns resquícios de uma raiva reprimida. No entanto, o salvador repele essa raiva e a vê como algo terrível e vergonhoso. Ele pode se enxergar como sendo “bom demais” para conter aquela raiva. Por esse motivo, para que essa raiva ou mágoa não se sobressaia, ele se dedica a provar a si mesmo que é bom, e nesse sentido, precisa de todas as formas demonstrar a si mesmo e a outros o quanto é bondoso, altruísta, caridoso e solidário.

A insegurança e a falta de autoestima do salvador muitas vezes podem leva-lo a tentar compensar tudo isso com a percepção de que é alguém muito benevolente. Nesse processo, ele pode tentar compensar a baixa estima com um complexo de superioridade. Essa inclusive é uma característica muito comum de pessoas arrogantes e soberbas. Muitas delas, lá no fundo de si mesmas, são pessoas inseguras, frustradas e cheias de fraquezas, que visam ocultar esses atributos sob a capa da soberba, com a crença do “eu sou melhor do que você” ou principalmente “Ele não é tão bom como parece”. Nesse sentido, o salvador também possui um complexo de superioridade, mas como ele encara como bastante difícil sentir-se melhor pela via do mérito pessoal, ele tenta sentir-se superior pela via de uma suposta benignidade. Ele pensa “sou melhor porque sou uma pessoa boa e ajudo os demais”.

O salvador quase sempre vê os outros como ingratos, posto que ele sempre acredita que merecia mais elogios e mais reconhecimentos pelo seu trabalho em prol de alguém. Como muitas vezes os outros não o reconhecem, ele fica sempre com a impressão de que o outro não agradeceu o suficiente, ou que o outro pensa apenas em si mesmo. O salvador sempre acredita que o outro é muito egoísta e autocentrado para reconhecer os bons feitos praticados por ele. Nesse sentido, o salvador vive sempre frustrado, pois ele faz algo visando o reconhecimento, o agradecimento, e o status de “bom”.

O salvador ajuda os outros também para tentar moldar o outro a sua vontade de como o outro deve ser, mas faz isso sempre exalando o agradável perfume das melhores intenções do mundo. O salvador tenta fazer o outro acreditar que suas intenções são puras e cristalinas, e caso ele cometa algum erro, isso não tem valor, pois sua intenção era boa e isso que importa. Com essa atitude, o salvador procura algumas vezes se isentar de qualquer responsabilidade no auxílio prestado.

O papel de salvador é muito frequentemente encontrado em religiosos fanatizados por suas crenças. Alguns fiéis podem se comportar como verdadeiros salvadores no trato com outras pessoas a fim de seguir a risca seus dogmas religiosos. O salvador religioso acredita que, caso ele seja uma pessoa boa e caridosa, seu lugar estará bem guardado no céu, ou ele conquistará um bom karma para na próxima vida evitar o sofrimento desta. Algumas vezes os salvadores religiosos fazem uma negociata com Deus pensando, até mesmo de forma inconsciente “Deus, eu ajudei fulano de tal, agora você me ajude em tal situação”.

Existem muitos salvadores em diversas profissões, principalmente nas profissões relacionadas a saúde e ao bem estar humano. Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas, etc, são muitas vezes vítimas de sua própria neurose salvacionista. Estes podem acreditar que precisam de todas as formas salvar, curar e ajudar outras pessoas, e sofrem quando não conseguem seu intento. Aqui também existe um sentimento de superioridade inconsciente que nos convence de que só seremos bons profissionais se conseguirmos ajudar todas as pessoas em todas as condições, o que obviamente é fantasioso e irreal. Esse instinto salvacionista das profissões acomete principalmente jovens recém-formados que querem mostrar serviço e se firmar como profissionais bem sucedidos e com boa reputação.

É muito comum também encontrarmos homens que querem salvar mulheres e assim obterem benefícios juntos a elas, e também mulheres que acreditam serem capazes de ajudar os homens, principalmente maridos ou namorados cujo relacionamento não vai bem. A esposa pode fantasiar-se salvando o marido de algum mal que ele possua, e assim evita enxergar que o problema não está no marido em si, mas sim no relacionamento de ambos ou mesmo nela. Querer salvar o outro pode indicar uma covardia em não admitir que nosso casamento acabou e em tomar a decisão devida com o divórcio, ou o fim do namoro. Muitas mulheres se enganam de que os parceiros podem ser salvos para evitar um término indesejado o qual elas por medo tentam de todas as formas evitar.

Fica claro que o papel de salvador é um completo atraso de vida. Nele se confunde altruísmo com covardia, caridade com desejo de superioridade, auxílio com mimo e superproteção, prestar a ajuda necessária com “resolver” a vida da pessoa. O salvador fica encarcerado no desejo de evitar sua própria vida tomando parte na vida dos outros, e assim perde aquilo que é essencial: ele mesmo.

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Esta deveria ser a religião da humanidade.

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A finalidade da dor...

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Regra Áurea das Religiões do Mundo

Cristianismo
“...Tudo o que você gostaria que os outros fizessem a você, faça igual a eles...”.

Confucionismo
“Não faça aos outros o que você não quer que façam a você”.

Budismo
“Não prejudique outros com o que lhe machucaria”.

Hinduísmo
“Este é o resumo do dever: não faça aos outros o que causaria dor se feito a você”.

Islamismo
“Ninguém é um adepto até desejar para seu irmão o que deseja para si mesmo”.

Sikismo
“Não crie inimizade com ninguém, pois Deus está em todos”.

Jainismo
“Na felicidade e no sofrimento, na alegria e na dor, devemos prezar todas as criaturas como prezamos a nós mesmos”.

Zoroastrismo
“Esta natureza é boa apenas quando não fizer a outro nada que não seja bom para si próprio”.

Índios americanos
“Tenha respeito, pois toda vida é a base”.

Baha’í
“Abençoado quem prefere seu irmão antes de si mesmo”.

Judaísmo
“O que é repulsivo a você, não faça a seu semelhante. Esta é a lei – todo o resto é comentário.”

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Ninguém nos afeta - Hugo Lapa

Um homem procurou um sábio e lhe fez uma pergunta.

- Mestre, o que fazer com uma pessoa que nos maltrata?

- Nada. Disse o mestre.

- Nada? Perguntou o homem. – Então devemos permitir que a outra pessoa nos maltrate?

- Não, pois ninguém nunca te maltrata. Você é que se sente maltratado.

O homem ficou admirado com a resposta. O mestre continuou.

- Ninguém nos maltrata, nós é que nos sentimos maltratados.
Ninguém nos humilha, nós é que nos sentimos humilhados.
Ninguém nos persegue, nós é que nos sentimos perseguidos.
Ninguém nos ofende, nós é que nos sentimos ofendidos.
Ninguém nos expõe, nós é que nos sentimos expostos.
Ninguém tem o poder de nos fazer mal, nós é que ficamos mal com o que os outros fazem.

Seja tão flexível a ponto de dobrar diante do mal que alguém te fez, e tão firme a ponto de continuar bem assentado na terra.

O sábio não se deixa abalar por nada, pois ele sabe que ninguém pode verdadeiramente afeta-lo. Ele é sereno na tempestade e sereno na bonança. Ninguém tem qualquer poder sobre você se você não quiser dar esse poder a alguém.

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Ninguém pode convencer ninguém a mudar.

Os portões da mudança só podem ser abertos de dentro para fora.
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Já que eu não posso modificar as pessoas...

...vou modificar aquilo que posso: o meu jeito de olhar para ela.
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O garoto quer trabalhar com o que gosta...

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Uma historinha de Buda

"Certa vez, um grupo de sábios brâmanes foi visitar Gautama Buda, com o qual tiveram uma longa conversa".

Então um jovem monge, brâmane, chamado Kapatika, perguntou ao Iluminado:

— Venerável Gautama, as antigas e santas escrituras dos brâmanes foram transmitidas de geração em geração, mediante uma ininterrupta tradição verbal, através da qual os brâmanes chegaram à conclusão absoluta de que a única verdade seria a deles e qualquer outra seria falsa.

Ouvindo isto, Buda perguntou:

— ‘Entre os brâmanes haverá um só indivíduo que pretenda pessoalmente saber e ter visto, por própria experiência, que esta é a única verdade e qualquer outra é falsa?’

— “Não, Senhor” – respondeu o jovem monge com toda a franqueza.

— ‘Então, haverá um só instrutor, ou instrutor dos instrutores dos brâmanes, anterior à sétima geração, ou ao menos um dos autores destas escrituras, que pretenda saber e ter visto, pela própria experiência, que é a única verdade e qualquer outra é falsa?’

— Não, Senhor! – disse o monge.

— ‘Então, é como uma fila de homens cegos; cada um se apoiando no precedente: o primeiro não vê, o do meio não vê e o último não vê tampouco. Por conseguinte, parece-me que a condição dos brâmanes é semelhante a esta fila de homens cegos’.

E Buda, nesta ocasião, deu a esse grupo de brâmanes um ensinamento de extrema importância:

— Um homem que sustenta a verdade deve dizer: "esta é a minha crença". Mas nem por causa disto deve tirar a conclusão absoluta e dizer: "Só há esta verdade, qualquer outra é falsa”. – (Canki Sutta 95, Majjhima-Nikaya).

[‘Budismo: Psicologia do Autoconhecimento’, p.24/25. Pensamento].

Grande Hino a Aton

Apareces na perfeição da tua beleza,
No horizonte do céu, 
Disco vivente,
Criador de vida;
Elevas-te no horizonte a oriente,
Enches cada região com a tua perfeição.
Tu és belo, grande, brilhante,
Erguido acima de todo o universo,
Os teus raios abraçam as regiões
Até ao horizonte de tudo o que crias.
Tu és o princípio solar [Ré],
Reges o país até os seus limites,
Ligá-los através do teu filho que amas.

Afastas-te,
Contudo os teus raios tocam a terra,
Estás frente a nossos olhos, o teu caminho permanece desconhecido;
Deitas-te no horizonte ocidental,
O universo está nas trevas, como morto.
Os homens dormem nos seus quartos,
Cabeça tapada,
Ninguém reconhece o irmão.
Roubemos-lhe os bens debaixo da cabeça,
Não se apercebe de nada.
Todos os leões saem dos seus covis,
Todos os répteis mordem.
O mundo gira em silêncio,
É a mais profunda treva,
O seu criador repousa no horizonte.

Tu [Aton] ergues-te pela alba, no horizonte,
Raias, disco solar do dia,
Dissipas as trevas, expandes os teus raios.
O duplo país está em festa,
Os homens acordam,
Erguem-se sobre os seus pés,
És tu quem faz que eles se levantem.
Os corpos purificados, vestem-se,
Os braços desenham gestos de adoração ao teu acordar.
O universo inteiro põe-se ao trabalho,
Cada rebanho satisfeito com a sua pastagem,
Árvores e ervas verdejam,
Os pássaros, que voam de asas abertas para fora dos ninhos,
Executam atos de adoração ao teu Poder vital.
Todos os animais saltitam sobre as patas,
Todos os que voam, todos os que movem,
Vivem ao teu acordar.
As barcas dão à vela,
Subindo e descendo a corrente,
Cada dia está aberto,
Tu apareces.
No rio os peixes saltam
Em direção ao teu rosto,
Os teus raios penetram no coração da Terra Verde [o mar].

Tu fazes com que o embrião nasça dentro das mulheres
Tu produzes a semente dentro do homem,
Tu dás vida ao filho no seio materno,
Tu dás-lhe a paz
Com que pára as lágrimas.
Tu és a ama-de-leite
Do que ainda se abriga no seio,
Tu dás constantemente o sopro
Para conferir vida a todas as criaturas.
No momento em que a criatura sai da matriz para respirar,
Tu abres-lhe completamente a boca,
Tu ofereces o que é necessário.
O pequeno pássaro está no ovo,
Pipila na sua casca,
No interior tu dás-lhe o sopro,
Tu dás-lhe vida.
Tu organizas-te para ele,
Um tempo de gestação medido com rigor,
Tornando-o completo;
Parte a sua casca pelo interior;
Sai do ovo, pipila,
No momento estabelecido,
Sai andando sobre as patas.

Como são numerosos os elementos da criação,
Escondidos a nossos olhos,
Deus único sem igual.
Tu crias o universo segundo o teu coração-consciência,
Quando estavas sozinho.

Homens, rebanhos, animais selvagens,
Tudo o que vive sobre a terra,
Deslocando-se abre os próprios pés,
Tudo que está nas alturas
E voa, asas estendidas,
Os países da Síria e do Sudão,
O país do Egito,
Tu colocas cada homem na sua função,
Tu outorgas-lhe o que lhe convém.
As línguas são múltiplas
Na sua forma de se exprimirem,
Os seus caracteres são diferentes,
A cor da pele é distinta,
Tu diferenciaste os povos estrangeiros.
Tu criaste o Nilo no mundo inferior,
Tu fá-lo surgir segundo a tua consciência
Para dar vida aos homens do Egito,
Da mesma forma que o fizeste para ti mesmo.
Tu és o seu Senhor,
Tu preocupas-te com eles,
Senhor de todas as regiões,
Tu ergues-te para elas.
Disco do dia, grande de dignidade,
Dás vida a cada país estrangeiro, ainda que afastado,
Tu colocas um Nilo no céu,
Ele desce para eles,
Dá forma às correntes de água
Para regar os seus campos e as suas cidades.
Como os teus desenhos são excelentes,
Ó Senhor da eternidade,
Ó Nilo no céu
É um  dom de Ti aos estrangeiros,
A cada animal do deserto que anda sobre as próprias patas;
Para a terra Amada [O Egito],
O Nilo vem do mundo inferior.

Os teus raios amamentam todos os campos,
Tu ergues-te,
Eles vivem, crescem para ti.
Tu regulas harmoniosamente as estações,
Desenvolves toda a criação.
O inverno tem por função dar a frescura,
O calor fazer com que os homens te apreciem.
Tu crias o sol ao longe,
Ergues-te nele,
Beijas com o olho toda a criação,
Tu continuas na tua Unidade.
Ergues-te
Na tua forma de disco vivo,
Que aparece e resplandece,
Que está longe,
Que está próximo,
Tu retiras eternamente
Milhões de formas a partir de ti mesmo,
Continuas na tua Unidade.
Cidades, regiões, campos, rios,
Todos os olhos te vêem na sua frente,
Tu és o disco do dia
Sobre o universo.
Afastas-te,
Nenhum dos seres por ti engendrado existe
A não ser para contemplar-te unicamente a ti.
Nenhum dos que engendras te vê,
Tu resides no meu coração.
Não existe outro que te conheça,
Com exceção do teu filho Akhenaton,
Tu dás-lhe conhecimento dos teus projetos,
Do teu poder.

O universo vem ao mundo sobre a tua mão,
Como tu o crias.
Ergues-te,
Ele vive.
Deitas-te,
Ele morre.
Tu és a extensão durável da vida,
Vivemos de ti.
Os olhos fixam continuamente a tua perfeição,
Até ao teu deitar,
Deitas-te a ocidente,
Todo o trabalho pára.
Ao teu acordar,
Fazes crescer todas as coisas para o faraó;
O movimento apodera-se de cada perna,
Pões em ordem o universo,
Fá-lo surgir para teu filho,
Proveniente do teu Ser,
O rei do Alto e do baixo Egito,
Que vive da harmonia universal,
o senhor do duplo país,
Filho de Ré,
Que vive da harmonia universal,
Senhor das coroas,
Akhenaton,
Que a duração da sua vida seja grande!
Que a sua grande esposa que ele ama,
A senhora do duplo país,
Nefertiti,
Viva e rejuvenesça,
Para sempre, eternamente.