terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tantra

Principal objetivo do sexo tântrico não é chegar ao orgasmo, mas alcançar a evolução e trocar energias

O Tantra nada tem a ver com a forma ocidental de ver e lidar com o sexo. No Tantra, o sexo é transmitido como um ato sagrado, encontro entre o deus (masculino) e a deusa (feminino). O sexo, na Índia, é visto antes de tudo como uma prática de elevação espiritual, e no Tantra podemos encontrar também a prática do maithuna, que é uma técnica que "ensina" o domínio dos apetites sexuais.
              
Os homens aprenderam que o sexo é uma descarga de energia, conseguida por meio da manipulação rápida do pênis. Em geral, a descoberta do orgasmo se dá através da masturbação. O homem entendeu então que o procedimento padrão para um ato sexual é o mesmo: penetrar na vagina e copular rápido para obter a descarga ejaculatória do prazer.
Os filmes pornográficos, usual fonte de conteúdo de aprendizado para a maioria dos homens, mostram imagens e situações absurdamente impróprias para a realidade das relações. Ali, as mulheres são ofendidas, ultrajadas, difamadas e violentadas de todas as maneiras. As penetrações são vulgarizadas e em nenhum momento o homem é orientado a tratar adequadamente o corpo feminino, de forma a levá-la para situações reais de prazer e de orgasmo. O homem não compreende que as cenas ali construídas são falsas e atendem apenas aos interesses do mercado por produtos de consumo rápido.
A forma como o sexo é desenvolvido no meio social não permite incluir o afeto, o olhar, o cheiro, o contato físico de pele sem incluir a penetração dos genitais. Pelo contrário, homens e mulheres acreditam que sexo é penetração, conjunção dos genitais e ejaculação. Sem esses fatores, parece que o sexo não acontece.                         
o afeto, o cuidado, o respeito mútuo, a atenção, a dedicação, o olhar, todos os sentidos físicos estão integrados como uma forma de se fugir da influência primitiva, instintiva e animal que se apropria da energia sexual.
Aprendemos que é possível compartilhar dessa energia com muito mais intensidade, se usarmos os componentes afetivos e os sentidos, para promover os estados alterados de percepção e de consciência, potencializando as experiências de orgasmo, de prazer e de êxtase.
No sexo primitivo, o homem usa a ejaculação como uma forma de alívio de tensão e relaxamento. Por isso o homem experimenta a perda da vitalidade após o ato sexual, sentindo-se cansado e desvitalizado. No Tantra, o homem aprende a afetividade, a compartilhar, dar e receber, evoluir para outros limites além da compulsão obcecada e perversa da penetração.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial