domingo, 7 de julho de 2013

Criança prodígio de dois anos tem um dos QIs mais altos da Inglaterra e já aprende 3 idiomas

“Eles estão começando cada vez mais cedo” é o discurso de vários adultos. E de fato, a tecnologia acelera – e muito – o desenvolvimento. Em 2009 houve a exposição “Cérebro: O mundo dentro da sua cabeça” em São Paulo, a qual, aliás, foi um grande sucesso, e nela aprendi um detalhe interessante sobre o nosso corpo: nosso cérebro é movido por estímulos, ou seja, toda a ligação de neurônios que delimitarão habilidades depende da necessidade, de um impulso àquela área, e quanto mais cedo realizamos esses “estímulos”, mais habilidades serão desenvolvidas. Não é preciso comentar sobre o quanto as informações que absorvemos diariamente agem sobre nossa cabeça.

Nessa linha, os pais de Adam Kirby, Dean (33) e Kerry-Ann (31), decidiram aproveitar a facilidade do filho para estimular sua inteligência. Com um ano de idade, o menino já usava o banheiro sozinho, após seguir as instruções de um livro.

“As habilidades de Adam são excelentes. Tentamos desenvolver a inteligência dele desde que tinha 10 semanas. Enquanto a maioria das crianças na idade dele estão aprendendo a andar, Adam já foi para a leitura de livros. O desenvolvimento dele é surpreendente”, afirmam os progenitores.

Livros mudam as pessoas, mas esse realmente é um caso excepcional. O garoto já é capaz de escrever, sozinho, 100 palavras, sabe quase toda a tabuada até o dez e tem estudado a tabela periódica. O irmão mais novo, Ethan, trilha o mesmo caminho e os pais já criaram expectativas sobre a criança que tem pouco mais de um mês.

O mais velho foi convidado a integrar o Mensa Britânico, um centro especializado em lidar com crianças superdotadas, após ele ter atingido 141 pontos no teste de QI, o que é simplesmente acima do presidente estadunidense Barack Obama. Além desse “pequeno” feito, o garoto ocupa seu tempo livre lendo Shakespeare e aprendendo espanhol, japonês e francês.

Claramente são dados chocantes quando comparamos à notícia de que no Brasil os estudantes de ensino fundamental apresentam dificuldade com tarefas simples como ler e escrever ou realizar operações básicas de cálculo. Como na matéria publicada aqui no próprio literatortura: aqui

Todavia estamos lidando, obviamente, com um menino prodígio. O que fazer nessas situações? Há vários casos de pequenos que possuem habilidades extremas em determinada matéria, ou que já dão aulas em universidades, ou que tocam muito bem piano. Lembro-me de um vídeo no qual uma garota de apenas seis anos, a qual possui um talento para a música, relata:

“Eu sou apenas uma criança normal que gosta de tocar piano, mas, acima de tudo, gosto de inspirar outras crianças”
Sendo assim, parece que o fato de Adam ser somente um bebê foi minimizado e esquecido quando seu talento é levado à tona. Seria mesmo o correto? Afinal, evoluções são feitas em parábolas; em algum momento o pequeno Kirby vai atingir seu ápice e cair, ou se manter estável naquele estágio, e esse possivelmente será um momento perigoso, o momento da crise e da frustração.

Quem garante que ele prefere estudar símbolos químicos a brincar de LEGO? Quais são os limites da nossa imposição do “seja normal” e do respeito ao outro? O orgulho pode cegar os pais, mas isso não pode deixar com que os filhos sofram as consequências.

Um gênio que não consegue criar quaisquer relações com pessoas da sua idade? Uma pessoa propensa a tornar-se um ser isolado da sociedade, provavelmente porque será influenciado a acreditar que somente uma minoria está ao seu nível.

As crianças são o nosso futuro, prodígios ou não, mas ainda cabe a nós auxiliar no caminho dessa semente que transformará o mundo. Limites, tudo é uma questão de limites.
Família de Adam (Dean, Adam, Kerry-Ann e Ethan)


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