quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Espírito Pai João de Aruanda - Magos Negros - Magia e feitiçaria sob a ótica espírita - Robson Pinheiro 2011

174 Ao contrário do que se possa pensar, não há aqui nenhum viés de natureza sectária. Para Kardec, o termo espírita não se restringe ao adepto ou ao templo, como hoje se tornou usual; em primeira instância, deisgna o mesmo que dos espíritos ("Mundo espírita ou dos espírito"). Portanto, a doutrina espírita não é assim denominada por ser a doutrina praticada por espíritas, mas sim porque é a doutrina advinda dos espíritos. Seu verdadeiro caráter é o de uma ciência e não de uma religião. Ora, os Espíritos vêm, não derribar a religião, mas, como Galileu, revelar-nos novas leis da Natureza. Se alguns pontos de fé sofrem com isto, é porque, como na velha crença de girar o Sol ao redor da Terra, estão em contradição com essas leis.
192 Nos círculos religiosos, é comum associar o poder da fé apenas aos pedidos feitos em oração - "Tenho fé que Deus me atenderá" - ou, então, empregar o termo como sinônimo de Crença: "Minha fé em Deus me consola". Possivelmente prevendo o esvaziamento desse conceito tão vasto e fundamental, Jesus dá-lhe a melhor ilustração ao amaldiçoar a figueira. Interpelado sobre o fato, explica: "Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito" (Mateus 21:21). Deixa claro que falava de algo muito maior do que a fé religiosa; referia-se a uma certeza firme, a uma convicção inabalável. Esclarece também que a fé não se prende à moralidade, ou seja, é um atributo a ser usado tanto para o bem quanto para o mal - de amaldiçoar figueiras até forjar magias.

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