domingo, 9 de julho de 2017

Minimalismo: teu desafio é ter cada vez menos!

Missão .:.
❝Senti o gélido hálito da morte atravessar o corpo quando empreendi a louca missão de percorrer, andando, o Deserto do Atacama. O calor incandescente do dia, e o frio inclemente da noite, só perdiam para o vento cortante que teimava em me arrancar, sem qualquer analgésico, a alma do corpo! Foi nesta exata experiência que aprendi a magna arte da sobrevivência: o minimalismo.
Sim, o deserto é uma mãe rígida, melhor, é um pai exigente que não admite perda de tempo, descuidos e excessivos melindres; a vida é um pouco mais branda, verdade, mas tem o mesmíssimo temperamento.
Se no deserto todo peso se multiplica a cada passo e os ciclos se contradizem com tanta força, faz-se necessário que o peregrino saiba distinguir o importante do supérfluo e compreenda que sua sobrevivência depende tanto do que guarda quanto do que descarta.
Eis a proposta do minimalismo: diminuir nossas bagagens, desenvolver-nos a concentração e multiplicar-nos as forças!
No cotidiano isto significa termos o desafio de fazer mais com menos; localizar em nós e ao nosso redor tudo o que for descartável, dispensável, desnecessário e demasiado. Significa sincera atenção ao momento presente e o firme compromisso na sutilização de si.
Caso nos permitamos o inchaço da gula, do acúmulo, da ganância excessiva, cairemos mortos antes de atingirmos o oásis; transformaremo-nos em estátuas de sal, petrificados pelo medo de perder e a teimosia em olhar para trás.
Nossa missão não é trabalharmos para termos mais e sim menos.
Nossa missão é trabalharmos para termos mais qualidade e menos quantidade.
Nossa missão é trabalharmos mais para sermos do que termos!❞

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