segunda-feira, 10 de abril de 2017

Só é a favor da paz quem defende a soberania e autodeterminação dos povos contra qualquer agressão imperialista estrangeira. - Thomas de Toledo

Por alguns meses, deu pra acreditar que Trump fosse um "outsider" e que sua presença poderia ao menos significar um diálogo com a Rússia, o que retardaria ou evitaria a guerra mundial em curso. Mas tudo parece indicar que ele está enquadrado na função imperialista de terminar o que seus antecessores começaram: eliminar o "eixo do mal" e destruir qualquer país que possa contrabalançar o poder dos Estados Unidos ou dificultar seu projeto de dominação totalitária do mundo (full aspect dominance). Bush atacou o Afeganistão e o Iraque. Obama cuidou da Líbia e da Síria, mas entregou o serviço pela metade. Trump quer não só concluir o que ficou pra trás, como pretende mostrar que é um bom funcionário do complexo militar-industrial. Putin já sabe o que lhe espera e faz o mesmo que Stálin fez com Hitler: diminui hostilidades com inimigo estratégico para ganhar tempo e melhorar a capacidade defensiva. Trump provoca a Rússia na Síria e depois cutuca a China ameaçando a Coreia do Norte. O bufão mostrou que não vai consultar o Congresso, muito menos a ONU para escolher quem vai atacar. Se a próxima guerra envolver Rússia, China, Irã e Coreia do Norte contra Estados Unidos, Reino Unido e França, teremos um conflito nuclear que fará a 1a e a 2a Guerra Mundial terem parecido briga de rua perto do estrago que armas atômicas são capazes de causar. Como o grande capital financeiro internacional quer tal guerra, qual o sentido de ficar demonizando os países ameaçados e fazendo coro com a mídia para a agenda manipuladora dos Estados Unidos? Só é a favor da paz quem defende a soberania e autodeterminação dos povos contra qualquer agressão imperialista estrangeira.

Thomas de Toledo
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Assad foi eleito com 88,7% dos votos com participação de 74% dos eleitores em 2014 e Trump, que foi eleito com 300 mil votos a menos que Hillary, chama Assad de ditador. Repararam que todos os presidentes que lutam contra o imperialismo a mídia chama de ditador? Enquanto isso, chamam de "maior democracia do mundo" um país onde a eleição se resume a um jogo de marketing no qual quem entrar vai fazer as mesmas guerras para enriquecer as mesmas indústrias bélicas. Aliás, quem deu legitimidade a burocratas europeus e estadunidenses, que não foram eleitos, repetirem que "Assad tem que sair" é uma mídia privada que também não foi eleita.

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