Desapontamento - Caciano Camilo Compostela
Desapontamento .:.
❝The New York Times, jornal estadunidense fundado em 1891, aponta que a frase mais dita no mundo hoje é 'eu te amo'; em quantidade tal que, fossem efetivas metade delas, teríamos um planeta de fulgurante paz e amor.
Embora a palavra amor seja dita e repetida a torto e a direito, desenhada e esculpida nas artes, no imaginário e na vida, a dura realidade ainda nos aponta que quem realmente impera é o dissimulado egoísmo.
No âmbito pessoal, o indivíduo médio com tranquila facilidade jura amor eterno, promete mundos e fundos, derrama-se em rasos sentimentalismos até que com sinceridade de mente, mas pouca profundidade de espírito.
Ama-se não tanto o outro, mas mais a expectativa que se faz do outro; ou seja, ama-se a si mesmo projetado no outro.
O amor em questão não pode ser considerado como tal, visto que, com raras exceções, suas palavras se dirigem ao outro mas seus olhos nunca saíram de si.
Exatamente por isso substancial parte das relações se deterioram em amarguras, brigas e antipatias quando o outro começa a pensar e agir diferentemente do que se desejava.
Quando o outro deixa de corresponder ao idealizado, o amor vai minguando até transformar-se em desgosto, desilusão, dissabor. A sofrência do desapontamento vai fundo porque, no íntimo, a desilusão e o desencanto é na verdade sobre si mesmo.
A filosofia iniciática nos pede reflexão, sinceridade, transmutação; um contínuo, perseverante e diligente refinamento do amor.❞
Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz.©
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