segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O jovem amante e a criada desdenhosa

Ele
Ah, se vieres comigo, meu amor!
Ah, e se quiseres, amor, ser minha?
Pois eu te darei, meu amor,
Belos laços e renda da boa.
Te porei, amor, nos meus joelhos,
E cantarei doces canções para ti, para ninguém além de ti.
Mas escuta! Escuta! Escuta!
A cotovia alada.
Escuta a rolinha que arrulha!
E o brilhante narciso
Cresce nos baixos do rio,
Então vem e sê meu amor.

Ela
Agora afasta-te, meu belo jovem;
Agora afasta-te, te digo;
Porque meu amor verdadeiro nunca será teu,
Portanto é melhor não ficares.
Não és o melhor rapaz para mim,
E vou esperar até um rapaz melhor chegar.
Mas escuta! Escuta! Escuta!
A cotovia alada.
Escuta a rolinha que arrulha!
E o brilhante narciso
Cresce nos baixos do rio,
Então vem e sê meu amor.

Ele
Vou logo procurar outra dama bonita,
Pois muitas donzelas posso achar,
E como não ficarás comigo,
Por ti não vou me apaixonar.
Porque nunca um botão é tão raro no campo,
Podemos achar outros tão belos.
Mas escuta! Escuta! Escuta!
A cotovia alada.
Escuta a rolinha que arrulha!
E o brilhante narciso
Cresce nos baixos do rio,
Então vem e sê meu amor.

Ela
Jovem, não te vás tão depressa
Outra donzela procurar.
Acho que falei depressa demais,
E nem ainda me decidi,
E se quiseres comigo ficar,
A nenhum outro, doce jovem, vou amar...

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