sábado, 29 de abril de 2017

O poder terapêutico das 9 Sinfonias de Beethoven

Na perspectiva terapêutica, a música deve ser ouvida em profundidade e não apenas “escutada”. Nada adianta escutá-la enquanto se realiza outras tarefas distraidamente (comer, ler, dirigir etc). Para alcançarmos nossos objetivos curativos ou motivacionais devemos sentar relaxados e conscientes do que pretendemos com a melodia, a postura é de meditação, onde a música é a chave que abre as portas de nossa autotransformação. Devemos deixar a música penetrar em cada músculo, cada célula, e em cada um de nossos corpos interiores para que ela cumpra seu papel terapêutico.

Por que as sinfonias de Beethoven? O musicólogo Hal Lingerman explica que: “A música de Beethoven é a música de um Titã. Sua vida e suas obras fornecem novos acessos às emoções e às condições humanas. Beethoven é o primeiro psicólogo musical a explorar a psique dos sofrimentos da espécie humana, ajudando a humanidade e crescer. Sua música vibra com alegrias e tristezas; como uma ampla energia primordial, ela projeta sobre o ouvinte grandes ondas de força. Às vezes irada, outras vezes calma, a música de Beethoven está cheia de espírito de luta, de coragem e de uma enorme força de vontade; algumas vezes é resistente como o granito. Contudo, ela também pode ser suave e lírica, religiosa e autêntica.


Eis as nove Sinfonias com seus efeitos psicológicos e terapêuticos.

Primeira Sinfonia: estimula a motivação e a auto-confiança.
É a sinfonia da “Gênesis Psicológico”. Deve-se escutar para motivar-nos em tudo o que queiramos iniciar.


Segunda Sinfonia: gera grande força de vontade, poder de decisão; pode promover profundas transformações em mentes passivas.
É a "Revolução Psicológica": “É um complexo monstruoso, um horrível dragão ferido retorcendo-se que se nega a expirar e que, ainda que no final sangre, segue revolvendo-se e dando furiosas rabanadas a um lado e outro”.     


Terceira Sinfonia: contribui para equilibrar o sistema nervoso; combate a tensão, o pessimismo, a incerteza e o desânimo.
É a da “Busca do Equilíbrio”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de nervosismo excessivo, incerteza, desânimo, descontrole e pessimismo.


Quarta Sinfonia: transmite forte carga de sentimentos altruístas; ajuda a eliminar sentimentos negativos como o ódio, o egoísmo, o ciúme, a inveja, o desejo de vingança e a luxúria.
É a “Sinfonia do Amor”. Deve-se escutar para motivar-nos a sair dos estados de ódio, vingança e egoísmo.


Quinta Sinfonia (Heróica): estimula a reflexão existencial, levando o ouvinte a pensar em seu processo dialético e na própria vida.
É a do “Destino do Homem”. Deve-se escutar para motivar-nos a traçar as estruturas daquilo que queremos na vida, que dizer, a criar nosso destino. Desperta a vontade de vencer.


Sexta Sinfonia (Pastoral): desperta a criatividade, particularmente no plano artístico, estimula a esperança, a autoconfiança e a busca de novos caminhos.
É a da “Heuristica”. Deve-se escutar para motivar-nos a toda ação criadora, a todo movimento que tende a solucionar problemas.
Os dois primeiros movimentos são especialmente bons para a purificação emocional e para o soerguimento; O movimento “Tempestade”, seguido pelo “Hino de Ação de Graças”, também revelam-se muito gratificante.


Sétima Sinfonia: propicia a auto-análise e, consequentemente, amplia o autoconhecimento; permite maior aprofundamento no inconsciente e encoraja o caminho da espiritualidade.
É a da “Exploração do Subconsciente”. Deve-se escutar para motivar-nos a nossa própria autoanálise, a nosso estudo axiológico.


Oitava Sinfonia: eleva o discernimento, abrindo os campos da consciência a formas superiores de ser e de perceber.
É a “Emancipação Psicológica”. Deve-se escutar para motivar-nos para as mudanças, transformação e a valorização.


Nona Sinfonia: induz à devoção mística e permite o contato com estados mais refinados de consciência.
É a da “Sublimidade” e da “Elevação”. Deve-se escutar para motivar-nos a remontar-nos às escalas de sentimentos místicos, de espiritualidade, de devoção.
Retrata também a criação a partir do vazio e culmina no magnífico “Hino para Fraternidade”, que inspira amor universal e compreensão entre as nações.

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1 Comentários:

Às 27 de abril de 2020 às 12:19 , Blogger sferreira381@gmail.com disse...

Musicoterapia

 

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