Você já se questionou por que uma dieta pode funcionar tão bem para uma pessoa, enquanto outra se frustra com os resultados alcançados? Ou, por que em estudos científicos quanto à suplementação de cafeína, por exemplo, a maioria de um certo grupo de indivíduos, apresenta resultados excelentes, enquanto alguns indivíduos do mesmo grupo podem apresentar resultados negativos? O que faz um nutriente ser relevante para a saúde de uma pessoa, mas não para todas as pessoas? Por que mesmo tendo um fator de risco de uma doença expresso nos genes, uma pessoa pode não manifestá-la? [...]
Contrariando o ditado “está nos genes” – antes utilizado para dizer que nossa saúde era herdada da família, predeterminada pela genética –, hoje sabemos que isso é apenas parte da verdade. A outra parte é que também podemos influenciar os genes, reduzindo sua expressão ou manifestação clínica com o uso de nutrientes, trazendo para nós mesmos a possibilidade do controle de nossa saúde – o conceito de medicina e nutrição personalizada. [...]
Linus Pauling, no início da década de 1950, demonstrou que a origem da doença era influenciada por radicais livres e que existia uma dose adequada de nutrientes para cada pessoa e não uma dose padrão para todos. Com esta noção da individualização da nutrição, Pauling trouxe à tona a “medicina ortomolecular”. Em sua publicação na revista Science, relatou a primeira prova da relação entre uma doença humana e uma alteração numa proteína específica. [...] Já em 1956, o Dr. Roger Williams introduziu o princípio da “individualidade bioquímica”, anunciando uma nova era na nossa compreensão da etiologia da doença e o papel dos nutrientes como ferramentas de intervenção. Notavelmente, o Dr. Williams reconheceu que o estado nutricional pode influenciar a expressão de características genéticas, embora na época não houvessem ferramentas disponíveis para determinar a individualidade bioquímica e genética. Assim, o conceito de “medicina individualizada” começou a ser introduzido e marcou o pioneirismo dos campos da Nutrigenômica e Nutrigenética.
Fonte: Revista Essentia 11ª Edição
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